Movo-me a café... digo antes, a cafés...
Café castanho escuro, às vezes com cheiro a queimado, em chávenas de louça. Café de cafeteira de metal antiga, café da cafetaria da esquina, café do bar do hospital. Café com açúcar branco ou amarelo derretido com uma colher-pluma de alumínio. Café que se engole num trago só e aquece o peito.
O R. pequeno príncipe-homem tem um lote de grãos de café imaginário. Convida-me todos os dias para um café quente em chávena de porcelana transparente e com o seu tom emproado pede à senhora dos cafés, que eu não vejo, dois cafés. E, os cafés são recebidos com um sorriso rasgado e um obrigado gestual. Num movimento quase bailado rasgamos o pacote de açúcar e deixamos cair do alto na chávena de porcelana. Rebolamos a colher em círculos velozes, pousamos e engolimos o café... Não houve nenhuma vez em que não tivéssemos queimado a língua. E, é o café que é transparente e que queima a língua, o meu café favorito.
Apesar de não gostar de café, este sobe-me muito bem.
ResponderExcluirBoa semana. Mil beijinhos**
Então que sejam três destes...o R. é generoso! Risos...Beijinhos
ExcluirEu também vos acompanhava neste café invisível.
ResponderExcluirUm beijinho*
É mesmo muito delicioso e quente...
ResponderExcluirQue crónica tão deliciosa!
ResponderExcluirQue fofura que este pequeno R. é, só apetece enche-lo de beijos nestas bochechas gorduchas!
Apaixonei-me por este menino, venho cá todos os dias vê-lo :)