R., pequeno príncipe de cabelos ondulados, face redonda com sorriso desenhado, passos desordenados, a decorar as palavras (ainda poucas) com as mãos pomposas para que os senhores grandes o entendam, imponente em todo o seu jeito especial de Ser criança. Carrega no corpo roliço o fardo de um nome sonante- polimicrogiria-, um nome que o destinou a ser um príncipe sem medo, que lhe roubou o relógio que quase todos os príncipes e princesas têm e que os fazem saber engolir o ar, que os fazem saber comer, que os fazem saber sentar, andar, correr, falar... Existem alguns príncipes e princesas a quem o relógio foi roubado e por isso esquecem-se de aprender certas coisas, e o R. é um príncipe sem relógio.
Mas, deste outro lado do mundo em que o tic-tac é um som surdo, os príncipes e princesas também o são, também vivem e existem desse tal modo que defino muitas vezes com um jeito especial de o Ser.
E, o R. é... mesmo sem relógio, um poço de luz a derramar uma felicidade quase estonteante que faz com os relógios quase parados de muitos senhores grandes voltem a fazer tic-tac!
Para os senhores grandes de relógio quase parado, envio um sorriso de sempre do R.
R. |
Há por aí tantos senhores e senhoras que têm relógio a andar a passo certo, que não têm um sorriso tão bonito e cheio de felicidade, assim como o do R.
ResponderExcluirAgora pergunto eu, será que o R. não tem mesmo relógio? ou andará apenas a um ritmo diferente?