Sofia Ribeiro Fernandes, crónicas de uma Mãe Pediatra e de uma Pediatra Mãe



Sofia Ribeiro Fernandes, crónicas de uma Mãe Pediatra e de uma Pediatra Mãe


domingo, 3 de fevereiro de 2013

Deep breath

Respirar, é um acto fisiológico que nos permite oxigenar as células e remover o dióxido de carbono do organismo- esta é uma definição simples e básica da Medicina e da Ciência.
Mas, respirar fundo, é um acto mais que fisiólógico, pode ser uma lavagem da alma, uma tentativa de limpeza de tormentas e angústias, um grito silencioso ou pode ser um eco de felicidade, uma risada do coração. É imperativo engolir todo o ar que nos envolve como se se fosse esgotar num minuto próximo, condensá-lo até às entranhas, e num exalar silencioso deixá-lo fugir. Se tivesse luz podia ser amarelo-limão, negro-corvo ou até mesmo cor de nuvem. Se tivesse música podia ser um canto lírico, uma ópera severa ou umm chill-out de fim de tarde de Verão. Se tivesse movimento podia ser um agressivo tango argentino, um ballet ternurento ou um fado saudoso. Mas, respirar fundo, é apenas e só um acto fisológico, sem luz, sem música e sem movimento. 
Mas mesmo sendo totalmente desprovido de tudo o que lhe daria encanto, há dias em que respirar se traduz em vários respirares fundos, porque só o oxigenar as células e remover o dióxido de carbono, não me fazem viver.
Melancolicamente, sugiro: Parem e respirem fundo!


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