Quatro da manhã nos ponteiros, brisa amena com perfume a maresia, café torrado da máquina e um pensamento puro e cru: Ser Pai é a melhor profissão do Mundo!
Dissera-o com um tom tão cru que quase que lhe espreitei para o pensamento, nas palavras desgastadas das horas solitárias com o príncipe de colo, uns olhos enegrecidos dos sonos perdidos, um coração esmagado pela angústia de estar sozinho. Dissera-o a mim, quase segredado que descobrira que de repente se vira sem a Mãe do príncipe de colo e tivera que sr Pai-Mãe e não só Pai. Esboçava uma lágrima pendente no canto do olho e tecia à minha frente, uma mera desconhecida que pouco ou nada sabia sobre a sua pessoa e as suas gentes, o elogio mais romântico que já ouvira à Mãe do seu príncipe. Porque não sei quem ela é ou se vai ouvir esse pensamento cru que caira da boca em surdina, escrevo-o.
O homem franzino de braços trémulos descobrira que ser simplesmente Pai era no mínimo muito diferente de ser Mãe e dissera-o de uma forma quase romântica de filme a preto e branco.
Desculpem os Pais que se sentem agredidos com este pensamento...Infame? Injusto? É só a verdade crua e a declaração de amor à Mãe do seu filho mais romântica que se pode fazer a alguém...
Não podia deixar de não o escrever.
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