Bochechas inchadas, braços dobrados em v, palavras mudas, lágrimas furiosas a rolar pelo queixo, dedinhos-beliscão, sons rupestres zangados recheados de ira, são as B, B-I, B-irras do R.
E, são muitas...
Engana-se quem acha que só os filhos dos outros fazem birras. Engana-se quem acha que birra é sinónimo de má educação. Engana-se (e muito) quem diz que os seus filhos nunca o irão fazer.
Conheço birras-anãs, em surdina, da sopa que não se quer comer e do pijama que não se quer vestir. Conheço birras-com-letra-maiúscula, de bater os pés no chão, gritos desenfreados, por tudo e por nada e sem saber porquê. Conheço os pais dos meninos das birras, das caras que coram e os olhos que se deitam pelo chão, das mãos que seguram e da voz que sussurram. Conheço-me a mim que recheada da teoria pediátrica dos livros fico paralisada, impotente e não cedo a uma palmadinha travadora de birra.
Falar de birras é olhar em redor e encher a boca para dizer que conheço muito mais birras de gente grande...
B, B-I, B-irras, afinal quem não as tem?
R. em momento pós-birra |
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