Porque o R. quis o piquenique, a Mamã também quis... E, muitos outros também quiseram...
Pintam-se as ideias, levantam-se as mãos, vasculham-se as receitas, alinham-se as compotas, rega-se a erva, suplica-se ao sol. Junho, o mês. Duas mãos cheias de dedos de unhas pintadas de aguarela, o dia. Ponteiros de relógio a girar sem saber quando parar. Listas intermináveis numa caligrafia desajeitada. Baú aberto recheado de luz e cor. Malmequeres e mil flores sem nome espalhadas. Retratos das gargalhadas. Perfume a festa. Som de gelado de iogurte com mel. Escrevo palavras soltas num convite branco do ecrã.
O piquenique, hino de amigos de sempre e de amigos invisíveis... Ao R. que soltou o desafio num cordel de pensamento, à Mamã que ouviu, aos que o apanharam num conto de luz- Tales of light- e aos que querem contá-lo connosco.
R. num conto de luz- retrato de Ricardo Silva |
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