E, há coisas que fazem descer vertiginosamente dos saltos-agulha-esticadores-de-pernas a pés descalços... A última: pedido de adiamento da escolaridade do R. que chega InDeFeRiDo!!!
Tal e qual, InDeFeRiDo, mas porquê? Por palavras caras tecladas numa frase mal construída, diz-se que: "... porquanto muito embora da análise processual da documentação enviada decorram indicadores de limitações significativas à funcionalidade da criança, não resulta inequivocamente fundamentada a previsão de um ganho acrescido promotor do pleno desenvolvimento biopsicossocial no contexto educativo da frequência de Jardim de Infância...". Traduzindo: portadores de deficiência moderada a grave ingressam no ensino básico, porque não se prevê qualquer benefício em permanecer na pré-primária mais tempo e depois logo se vê; portadores de deficiência em que se preveja evolução favorável podem beneficiar de mais um ano de retenção na pré-primária. Traduzindo melhor: os deficientes moderados a graves que se arranjem, que se integrem,porque afinal não se lhes é permitido tentar evoluir, progredir; os mais ou menos deficientes (não sei o que isto é) podem ficar mais um ano, vá...a ver se avançam mais um bocadinho. E, o R. pelos vistos é pedagogicamente (porque pelos vistos a parte médica aqui não interessa nada, foi-me dito tal e qual) uma criança portadora de deficiência que terá que ingressar na escola primária JÁ porque não parece lucrar ou ter qualquer evolução se permanecer na pré-primária. Legislação, pedagogia, tretas e balelas de técnicos superiores que destinam um papel assinado sem ler os relatórios que seguem com o pedido. Mãe em surto psicótico quase esquizofrénico, pelo R. e pelos outros Rs, pelo argumento usado, pela passividade das senhoras pedagógicas que ainda me dizem que se falar deste modo (diga-se, pseudo-agressivo) não vou a lado nenhum. Poupem-me!!!
Poupem-me às legislações, às assinaturas cegas, aos protocolos, às falas mansas...
In-deferido... TRETAS... |