Regada com pimenta-rosa, olheiras que sombreiam o rosto escavado, pele-papel-desbotado, estômago recheado de vinagre nos últimos três dias, medo de qualquer alimento insípido no tabuleiro de gourmet hospitalar... Menina-perfeita na sua anorética arrogância defensiva, apoiada no sacro oco a dedilhar o telefone, inerte, bradicárdica, fria e cinzenta. Estórias de uma magreza conquistada a goles de vinagre e ar. Estórias que não conta a ninguém. Estórias que não nos deixam entrar. Estórias de mais uma cama do Serviço de Urgência. Estórias que pedem ajuda porque estão no limbo. Estórias que se vivem na primeira pessoa, solitárias...
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