Sofia Ribeiro Fernandes, crónicas de uma Mãe Pediatra e de uma Pediatra Mãe



Sofia Ribeiro Fernandes, crónicas de uma Mãe Pediatra e de uma Pediatra Mãe


sábado, 15 de abril de 2017

O essencial é invisível aos olhos

Só escrevo quando me apetece. São tantas as ideias que me assaltam a cabeça, mas o tempo falha e quando me sento ao teclado, não faço ideia por que ponta lhe hei-de pegar. Vou pegar na ponta das pessoas que não sabem que são tão felizes. Sempre que acontece algum desafio na vida de alguém que nos está próximo, lembramo-nos que devemos viver mais, sonhar mais, querer mais, amar mais. E esta semana foi isto que aconteceu. Há momentos em que a vida congela a sua capacidade de fazer pulsar o coração e de andar para a frente. Na verdade, nestes momentos, ela não te puxa o tapete, ela puxa-te as pernas e cais no chão, com o corpo todo, enquanto tentas manter a cabeça elevada. Nesse instante, perspectivas a vida nessa perspectiva, no chão. E, quando deitados no chão impotentes, remoemos os momentos em que estávamos de pé, irados por uma estupidez qualquer. Os desafios são matreiros e aparecem do nada. Resta-nos, aos desafiados e aos que os rodeiam, pintar o chão de verde-primavera, semear margaridas e deitar lado a lado para depois levantar.  
Por isso, pessoas que não sabem que são tão felizes, lembrete no coração: respirem, riam, gritem, viajem, façam nascer, cuidem, apaixonem-se...













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