Escrevi-lhe a 25 de Outubro de 2016:
C-á-r-m-i-n-a com acento... (Tal como costuma relembrar a quem pronuncia mal o nome e a quem o diz de uma forma menos forte e intensa a que tem direito.)
Com acento escrito no nome e na alma. Tem nos braços o embalo de avó e no peito um amor sem medida. O rosto debruçado sob a Maria encobre uns olhos vivos para além das suas 7 décadas de mulher. Reluz na dança combinada com a Sofia a sabedoria dos anos, mas a juventude de um pensamento tão rara de se encontrar.
Cármina com acento. E, mais não preciso dizer...
As mãos débeis tactearam:
Obrigada pelos olhos sensíveis e belos da maneira como me vês! Beijos de gratidão...
E, é isto.
Ficaram pelo caminho meses de angústia, dor e uma doença galopantemente desconhecida. Mas, disso soube libertar-se e por isso, já não interessa nada.
Muito mais do que isso: ficou desenhado um caminho em que as risadas, os retratos de instantes da S que nem eu documentei, as danças marchadas pela sala fora, a pronúncia de Viseu, o arroz com frango e as almôndegas gigantes, os conselhos sábios e os ouvidos atentos dos meus desvarios de mulher-ainda-jovem. Estamos no seu caminho e sabemos que o continuará a desenhar com um pau de giz como rascunhava as letras de primária na escola da Gafanha...
Obrigada por ser tão somente C-á-r-m-i-n-a, com acento, é claro!
O primeiro ano e os muitos anos das Catarinas |
N-Ó-S |
N-Ó-S |
O olhar sobre a Maria que continua |
Uma foto do seu perfil de FB, a que mais gosto |
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