1 ano. Passou 1 ano desde o último retrato a vestir a farda encardida e a envergar orgulhosamente a médica que eu era. Precisamente 1 ano desde o meu último turno de médica de cabelo negro e sapatilhas coloridas para passar a ser médica da vida real. Ao olhar o retrato, sinto uma nostalgia que dá nauseas, um aperto e uma saudade desmesuradas. Fazem-me falta as borboletas no estômago, os pedaços de tempo parados arrancados pela sirene da ambulância, os voos, os apertos abraçados dos pais, as lágrimas que engoli em seco, as mãos suadas.
Serei sempre de vidas difíceis, de meninos-doentes difíceis e de desafios difíceis.
Serei sempre de vidas difíceis, de meninos-doentes difíceis e de desafios difíceis.
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